10.2.08

Destaques da Semana (11/02/2008 - 15/02/2008)

Numa semana especial, com direito a passatempo e tudo, o Pop & Circunstância destaca dois registos de 2007! A antever o concerto que traz os Ola Podrida e Magic Arm a Coimbra, passamos os ouvidos pelo álbum do primeiro, Ola Podrida, e o EP do segundo, Outdoor Games. Para ouvir com atenção de segunda a sexta, entre as 11h e as 13h!


Ola Podrida - Ola Podrida
Ola Podrida - Ola Podrida [Plug Research, 2007]

Fly over America.
Um vasto território que se perde de vista, percorrido pelas personagens que habitam as composições de David Wingo, presas às suas próprias frustrações, incapazes de partir. As suas pequenas histórias foram traçadas ao longo dos anos na cidade de Austin, quando ainda dividia os seus dias entre o balcão de um clube de vídeo e a composição da banda sonora de George Washington, filme realizado pelo seu amigo David Gordon Greene. De capital relevância no surgimento dos Ola Podrida, as colaborações entre ambos sucederam-se, conferindo hoje uma forte marca cinematográfica à lírica de David Wingo.
Em 2007, após ter-se mudado para Nova Iorque, edita pela Plug Research o seu primeiro trabalho enquanto Ola Podrida, projecto de indie folk que conta com a colaboração de vários músicos, entre os quais Andrew Kenny dos American Analog Set. Bastante aclamado pela crítica, que o compara a Iron & Wine e Sufjan Stevens, transpõe para o presente a tradição da folk norte americana, cujo despojamento encerra uma sonoridade acústica, pontuada por banjos, bateria e pela voz de David Wingo, num registo de storyteller que não perdeu, após partir para a grande metrópole…



Magic Arm - Outdoor Games EP
Magic Arm - Outdoor Games EP [Switchflicker, 2007]

Há alguns meses, o grupo Grizzly Bear, através do seu site oficial, chamava à atenção para um projecto denominado Magic Arm, reputando-o como stunning.
Pouco se sabe hoje sobre Marc Rigelsford, o jovem compositor britânico que assina enquanto Magic Arm. Oriundo de Manchester, editou em 2007 um EP intitulado Outdoor Games que, para além de ter chamado a atenção da reputada banda nova iorquina, também recolheu críticas favoráveis em publicações como o The Guardian.
Na antecâmara do seu primeiro longa duração, traz-nos uma indie pop dominada por elementos electrónicos, construída em laboratório, mas de forma alguma fria. Cada faixa é portadora do legado musical de Manchester, e não poucas vezes são convocados os Stone Roses ou os Happy Mondays. As vocalizações de Rigelsford acompanham a métrica dos instrumentos usados, recorrendo a máquinas de escrever, relógios e teclados vintage.
Em Magic Arm tudo é meticulosamente programado, num crescendo cadenciado e dirigido por um só homem.

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