Sea Lion, Ruby Suns (2008, Memphis Industries)
Talvez seja do alargamento das autoestradas da informação, ou talvez a equipa que rodou os filmes da série Lord of the Rings tivesse bom gosto musical e se tenha esquecido na Nova Zelândia de discos trazidos de outros sítios, influenciando assim a sensibilidade pop de todo um país (hipótese porventura menos provável). A verdade é que a Nova Zelândia, apesar de não dispôr de uma história rica em música pop conhecida fora das suas fronteiras, começou recentemente a exportar projectos como os Skallander, ou estes Ruby Suns, o destaque das emissões desta semana de Pop e Circunstância.
Em todo o caso, os Ruby Suns são mais do que uma banda da Nova Zelândia. Se o mundo é uma aldeia, eles fazem questão de a cruzar de um lado ao outro sempre que possível: assim se explica este colectivo. Caso contrário, como seria possível que Ryan McPhun se lembrasse de sair de Los Angeles para Auckland, para formar uma banda que mistura sons de três continentes?
Sea Lion é, sem dúvida, nome apropriado para o segundo trabalho dos Ruby Suns, no qual Ryan McPhun, Amee Robinson e Imogen Taylor nos levam em animada viagem subaquática com ponto de origem no Pacífico Sul (Tane Mahuta, cantada em Maori), escalas diversas numa África porventura demasiado estilizada, de alguma forma próxima da imaginada pelos Vampire Weekend, (em Oh Mojave ou em Kenya Dig It?, por exemplo) e destino apontado ao nevoeiro dream-pop de uns Galaxie500 (Blue Penguin ou Remember).
Os antípodas ao alcance de todos os ouvidos, de Segunda a Sexta feira, entre as 11h e as 13h, no éter dos 107.9, ou através de http://www.ruc.pt/.
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